sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Culpa é das Estrelas - John Green


Título: A Culpa é das Estrelas
Título Original: The Fault in Our Stars
Autor: John Green
Tradução: Renata Pettengill
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 286
Sinopse:
"Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante - o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas."
                                                  [Sinopse retirada da orelha]


Quem não cresceu com o “E viveram felizes para sempre”? Quando você lê os contos de fadas imagina histórias perfeitas, vidas perfeitas, tudo perfeito e é incrível quando tudo termina com a frase clichê: E eles viveram felizes para sempre... Mas não é bem assim, a vida real é outra, e por mais que eu quisesse dizer que ela é perfeita, ela não é, ela é dura, difícil e não poupa ninguém, mas Hazel e Gus poderiam ter sido uma exceção, eu não estaria com esse buraco enorme no peito se eu estivesse errada, eu queria estar errada, queria que eles fossem a exceção, mas agora eu estou aqui, com o coração apertado tentando fazer uma resenha decente.

John Green me fez sofrer, ele alcançou o âmago de meu ser com suas palavras, e eu digo sem pensar duas vezes que essa história merece ser contada de geração em geração. Hazel Grace não é uma garota comum, e não é pelo fato de seus pulmões não funcionarem normalmente, ela tem câncer, mas não é por isso que ela não é normal, ela simplesmente é diferente, palavras são incapazes de descrevê-la, mas, mesmo assim alguém se aventurou a tentar e ele conseguiu perfeitamente arrancar lágrimas de meus olhos e desejar que aquela não fosse a última página, falo de Augustus Waters.

Querem a verdade? Eu simplesmente não sei o que dizer, esse livro não apenas mexeu comigo, ele se tornou parte de mim,  e nada que eu escreva aqui poderá ser comparado com o livro. Cada personagem, cada lugar, sonho, frase, está tatuado em minha mente. Hazel e Gus são adolescentes que tem a vida inteira pela frente se não fosse pelo câncer, e o pequeno infinito deles não foi suficiente para mim.

Tudo começa quando a mãe de Hazel a convence a ir a um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer, porém lá ela conhece Augustus, e o que era para ser a história de uma garota com câncer, se torna uma história de amor que eu não seria capaz de descrever. Hazel tem um amor muito grande pelo livro Uma Aflição Imperial, e ele tem grande importância no decorrer da história, e sejamos sinceros, eu não fui a única que ficou com muita vontade de lê-lo.

É impossível você sair intacto dessa história, e a culpa é do John Green. Isso mesmo que você leu, a culpa é dele por criar uma história que encantou milhares de leitores, foi culpa dele se eu chorei, sorri feito uma boba e me senti uma criança abandonada quando fechei o livro, a única coisa que consegui fazer foi olhar vagamente para o vazio, para o abismo profundo que ficou na minha mente e o buraco transtornado que havia no meu coração, porque apesar de ter derramado lágrimas e ter estampado sorrisos, eu não sabia se o amava ou o odiava.
John Green criou uma história que me emocionou tanto e depois destroçou meu coração de uma forma brutalmente encantadora no final, por dias eu não consegui sequer comentar com ninguém sobre o livro, quando consegui falar eu nem sabia o que dizer, esse autor deixou muitos leitores sem palavras, é quase impossível descrever a magnitude dessa obra, e não 
serei eu, uma mera mortal a conseguir essa façanha.

Por mais que a culpa seja sua senhor John Green, eu serei eternamente grata por você ser o culpado de ter escrito a história da Hazel e do Gus, sem ela o meu infinito não seria o mesmo, ele não seria maior, nem menor, ele seria incompleto.

Larissa Mirandah

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